terça-feira, 21 de outubro de 2008

A REFORMA DA VERDADE

esse é das antiga trazendo de volta acho q foi em 2004 que fiz esse
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Não sou o menino que inventou a verdade

Mas em meus versos relato o que vejo nela

Falando pelo povo da favela

A política nos trata como um zero à esquerda

Já que somos os números negativos na estatística

Como zumbi e lampião tenho tática e a esquadrinho

No papel como o arquiteto da reforma da verdade

A reforma da previdência não nos levou a nada

A reforma agrária nos colocou em casa de taipa

Se para a igreja somos seres sem alma

Cantamos para que Oxalá nos dê um bom fim

Lavando a escada que nos levará à porta do céu

Que a justiça divina nos tire do banco dos réus

E a nossa construção será feita de"tijolo por tijolo"

Sou a matrix de um sistema corrompido

Sou Ogum guerreiro,Exum zombeteiro,Ossaim curandeiro

Adepto da Mitologia Negra e contra navios negreiros

Se não fosse o preto no espaço,estrelas não brilhariam,

Diamantes não reluziriam

Isso confirma que o negro é a sublime perfeição

Poder para o povo negro,somos do mesmo berço

África no coração.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

“revolution os” e “rockers” (flowerblackrastapower)

escrito dia 20/10/2008

bom galera depois de um fim de semana corrido com a Agô Sound System metendo as cara, fazendo na tora, com a ajuda de Jah e das divindades e a positividade dos irmãos, achei esse texto bem legal falando justamente de 2 coisas que permeiam meu cotidiano: cibercultura e Jamaica, sem falar que a Jamaica é uma dica do caminho a seguir em relação aos direitos autorais, este assunto gera muita polêmica, todo mundo quer sua parte: o artista, a indústria, e a sociedade que tem fome de cultura ou que consome o pirata, porque a classe media consome o original ou porque "o que eles fazem é arte e o que nós fazemos é outra coisa".

A semelhança entre cibercultura e cultura reggae é que ambas são filhas da contra-cultura, a cultura reggae e a cibercultura são subversivas, e apesar da contra cultura tecnológica ter sua origem na classe média, hoje, como acontece com o Brasil, a periferia se apropria da tecnologia muito rapidamente, embora no momento não usemos de forma consciente "ôa peaple wise" deixa só meu povo descobrir o que tem na mão...
assim como celular vira explosivo atômico já dizia Sabotage, treme terra treme chão vem abaixo Babylon.

outro filme que eu acho que tem o mesmo espírito é "código das ruas" de spik lee, só que num cenário um pouco diferente...

flowerblackrastapower

Sobre o documentário Revolution OS, de J. T. S. Moore:“O conceito de software livre surge em 1984, quando Stallman funda a Free Software Foundation e postula as liberdades que são os pilares do movimento pelo conhecimento compartilhado: liberdade para qualquer uso, cópia, alteração e distribuição. Ele afirma que o software, desde os primeiros computadores, sempre foi livre. Os programadores na década de 1960 e 1970 desenvolviam tudo em um sistema colaborativo, trocando idéias e linhas de código assim como cozinheiros trocam suas melhores receitas. Foi na década de 1980 que se consolidou a opção de algumas empresas tornarem o conjunto de comandos padronizados enviados às máquinas, o software, também um produto, a ser vendido separado do hardware”. (resenha de Rafael Evangelista, na revista comciência)

A estética e linguagem são bem comuns - entrevista, corta, entrevista, enquadramento certinho no tripé - mas vale pra pesquisar e observar quem vive sua second life. (Não sei se editarem em software livre, acho que não, mas vou atrás da informação e coloco aqui). O trailer:



“Mas nem tudo é tão fraterno e comunal no mundo do software livre. Revolution OS tem méritos também por mostrar as contradições da própria comunidade. Um sistema de produção de software em que um dos itens motivadores é o reconhecimento dos pares, é claro que só poderia ser entremeado de vaidades. Criado originalmente por Richard Stallman, a cabeça por trás do conceito de copyleft (a antítese do copyright), o termo software livre (do inglês free software) é renegado por aqueles que querem torná-lo mais palatável a gostos empresariais. Estes querem então substituí-lo por open source (fonte aberta, em português), para que os investidores percebam que podem ganhar dinheiro com ele já que o free de free software quer dizer liberdade e não grátis”.

No Brasil, o ambiente de alguns ativistas do software livre tem cenas mais similares com o filme “rockers”, sempre presente nos cineclubes nômades:





uma cena freak do filme: http://www.revolution-os.com/Free_Software_Song_video.mpg

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Um Pouco de Niilismo

Não vou falar sobre Niilismo porque isso daria uma tese de mestrado, mas niilismo é algo que todos nós seres do pós moderno carregamos conosco, resquício das ditaduras e das guerras, é falta de paz, falta de dignidade e conforto da globalização, descrença nas instituições, depressões Tem um filme muito bom que se chama São Paulo Sociedade Anônima e todo ele me faz pensar sobre esse sentimento:




uma resenha sobre o filme Fonte Programadora Brasil: http://www.programadorabrasil.org.br/programa/51/ Se um dos principais poderes das imagens em movimento é o de capturar e eternizar um espaço e um tempo, poucas vezes o cinema brasileiro fez isso de maneira tão forte quanto no retrato da São Paulo da virada dos anos 1950 para os anos 1960 que Luiz Sérgio Person construiu em São Paulo sociedade anônima. Num momento em que o cinema nacional voltava seus olhos para o interior e para o sertão para conseguir encontrar uma idéia de brasilidade autêntica, Person vai em busca das angústias existenciais e coletivas de uma classe média urbana, e faz um dos filmes até hoje mais bem-sucedidos na capacidade de mostrar as agruras da vida de um homem absoluta e terrivelmente comum.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

[INFO] O QUE É SOUNDSYSTEM???

Olá primeiramente devo informar que este texto foi achado no blog do Sacal (Paraibano do dancehall ragga) e achei interessate postar porque em Salvador está havendo um crescimento visivel da cultura sound system, nao sei qual foi o 1° sound de Salvador, mas, com certeza quem popularizou isso aqui na terra do dendê foi o Ministereo Público.

Apesar da propagação dessa cultura, pouca gente sabe o que é sound system, então tô trazendo mais essa informação e viva a cultura jamaicana que é de paz, diverção e consciência.

[INFO] O QUE É SOUNDSYSTEM???
Este é um artigo bastante interessante acerca do Soundsystem e das suas características, trata-se da 1ª parte de uma tradução de um texto acerca das curiosidades e características do mundo do Soundsystem. O autor original deste artigo é Prince Tuffie.

Nota do autor:
“- Este artigo tenta capturar e retransmitir a essência dos Soundsystem`s de reggae, através de alguém que terá crescido em redor do soundsystem de seu pai e que agora tem o seu próprio. É apresentado um artigo escrito para todos aqueles que procuram obter conhecimentos e compreensão sobre esta cultura que continua em evolução.”



Jah Shaka Sound

O fenômeno do Soundsystem de música Reggae (também conhecidos por sound) foi algo que intrigou muitos observadores na Jamaica e em todo o mundo desde há duas décadas. Em nenhum outro lugar do mundo foi criada uma cultura que se mova tão rápidamente como a do Soundsystem. Eles começaram como um movimento underground na indústria do Reggae, mas os Soundsystem`s foram crescendo até se tornarem numa parte integrada da cultura da música Reggae. De fato, as raízes do Dancehall Reggae podem redigir-se a partir da formação dos Soundsystem`s locais e nacionais já conhecidos (alguns existem desde há mais de 30 anos).


O que compõem um Soundsystem?

As pessoas normalmente ficam surpreendidas pela quantidade de apoios e componentes que se integram dentro de um Soundsystem. Mesmo não havendo uma composição preestabelecida, um Soundsystem ideal é formado por: O selector, o Mc, o dono ou administrador, os técnicos, apoio móvel, equipamento, os fãs do Soundsystem…e finalmente pelos discos e Dubplates.
É importante sublinhar que nem todos os Soundsystem`s são constituídos por todos estes componentes, mas alguns deles são imprescindíveis; por exemplo um Soundsystem sem selector é como um televisor sem electricidade, não funciona. Também é preciso esclarecer que alguns componentes podem ser repartidos; sendo assim, por exemplo, o Selector pode fazer ele próprio de mc e ser o proprietário do Soundsystem. Geralmente distinguem-se três tipos de Soundsystem`s: Sounds caseiros, Sounds amadores e Sounds profissionais.


O Selector (The Selecta)

Provavelmente, o Selector faz um dos papéis mais importantes de um sound. O imenso conhecimento, habilidade que se necessita para esta função (isto se quiseres ser bem considerado) e a dificuldade desta posição são frequentemente subestimadas. Um bom Selector tem que conhecer centenas de discos e cd`s (incluindo os nomes dos artistas e a sua localização na caixa dos discos) tudo isto bem memorizado dentro da sua cabeça.
Deve pôr os discos numa ordem de maneira a agradar a todo o público que o está a escutar, isto requer um alto nível de diligência. Um Selector tem que ser hábil para fazer uma transição de um disco para o outro (mixagem). Estas habilidades normalmente demoram anos a serem adquiridas, até que chegam a um ponto que normalmente passam despercebidas. Um mau Selector, por outro lado, pode ser facilmente descoberto, e uma multidão descontente normalmente não demora em manifestar a sua desaprovação.


O Mic Chatter (MC)

O Mc é o braço direito do Selector e vice-versa. Ele é o responsável por fazer a introdução dos discos que entram com accapellas (intros), de animar o público (criando vibração), de motivar as pessoas para cantarem as canções mais populares e de pedir para puxar o disco atrás (pull up), pondo-o outra vez a tocar de inicio (Forward ou Wheel). As obrigações de um Mc numa festa são maiores que num espectáculo ao vivo – Terá que repetir os “forward” mediante gritos, assobios, cânticos, palmas, isqueiros acesos no ar, businas, ou então dedos no ar imitando uma pistola a dar tiros (gun salute).
Além do mais, um Mc deve anunciar os próximos eventos, dizer piadas, tentar acalmar a multidão em caso de violência, e fazer comentários políticos.
Num Soundclash, o papel de um Mc é mais crucial. Aqui ele é responsável por ridicularizar verbalmente os seus oponentes (outros sounds) insultando-os (isto chama-se toasting), ou até mesmo dizendo piadas embaraçadoras que podem ser verdade ou não (intituladas como Drawing Cards).

Outros Membros

Por trás do Selector e do Mc poderá haver mais gente, assegurando-se que o Soundsystem funcione como é devido. O proprietário ou manager, está a cargo de designar as tarefas de todos os outros membros. Esta pessoa é responsável por assinar contratos e arranjar as festas para o Soundsystem atuar. Os técnicos, tem o dever de montar os componentes eléctricos do Soundsystem e devem assegurar-se que tudo funciona bem. Se surgir algum problema com o som antes, durante ou depois do evento, o trabalho do técnico é arranja-lo. Os encarregados do transporte (The moving staff oo "box bwoys") encarregam-se de transportar todo o material.


Sound Followers

Os seguidores ou fãs são os que ajudam a completar um soundsystem. Estes seguem os Soundsystem`s tal como os congregados seguem uma igreja em particular. Os seguidores do Soundsystem assistem as festas onde este atua, colecionam as suas cassetes, mixtapes, cds e apoiam o Soundsystem durante o Soundclash. Existem os fãs casuais e aqueles que levam esta cultura mais seriamente. Estas Crew`s ou Massivos, apoiam o Sound de tal maneira que muitas vezes ouvem os seus nomes a ser pronunciados no micro do Mc (bigged up), recebem entradas para certos eventos, popularidade e respeito, absorvem um sentimento de orgulho quando o seu Soundsystem favorito ganha um Soundclash. Fazem muita falta aos Soundsystem`s.

Este texto continuará…

Texto original: Prince Tuffie
Tradução e adaptação: Sérgio Costa e Pedro Jorge

click p/ ver o video no you tube



Horace Andy - Mellotone Hi-Fi 80's




Killamanjaro 1985 with Michael Palmer & Puddy Roots




MINISTERIO PÚBLICO - SOUND SYSTEM - SP/BA* - [2007]





AGÔ SOUND SYSTEM (Salvador) Ssa/BA. ASS