sexta-feira, 19 de março de 2010

AGÔ SISTEMA DE SOM

Conheça as músicas novas AGÔ SISTEMA DE SOM
A luz da Chama chaMA (Eu queria ser uma abelha) e Consuelo


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em breve a mix tape 1 MARTELO CONTRA 1 KG DE PREGO

quinta-feira, 11 de março de 2010

DENISON BORGES & AGÔ SISTEMA DE SOM CARNAVAL CARAVELAS 2010

Sr. Elias Garra e Cidadania

por: Lourival Matos Júnior

Emilia Magalhães Matos



p/ Jornal Comunitário O Timoneiro, Caravelas - Ba



“Eu sou Elias de Jesus Siquara, nasci em Caravelas no dia 5 de Setembro de 1922, quando no Brasil nessa semana se comemorava o centenário da Independência”, assim se apresenta o nosso homenageado na Coluna Perfil do Jornal Comunitário ‘O Timoneiro’. Na oportunidade estavam presentes Emanuel de Jesus Siquara, Antonio de Jesus Siquara, Algeni de Jesus Siquara Neves, e Teobaldo Loures Neves que como o próprio Sr. Elias diz: ele é tão integrado a família que é um irmão, o que enriqueceu muito este material fez a entrevista caminhar rodeada de nostalgia em um ambiente muito espirituoso que é o Condomínio Massô.


Pessoa muito estimada e respeitada pela comunidade Caravelense e por toda região portador de grande humor e carisma, membro da tradicional família Siquara, como descrito por ele “nós não éramos ricos nascemos do trabalho porque meu pai sempre dizia: meu filho oração, religião tudo é bom, mas, a melhor oração é o trabalho”. Foram criados 11 filhos com disciplina e compromisso, no turno da manhã iam para a “escola” a tarde para um espaço chamado Tenda aprender um oficio (ferreiro, funileiro e sapateiro). Mesmo não existindo uma escola formal eles foram aprendendo em açougues, garagens, casas velhas, sem nenhuma estrutura tendo como carteiras latas de querosene da marca Jacaré e escrevendo em pedra-lousa, mesmo diante das dificuldades de uma cidade sem estrutura e sua origem humilde, ele diz: Caravela é como um grande milagre “O Melhor Lugar do Mundo... quando ouço – CARAVELAS é como conversar com DEUS”.



A Família Siquara é fruto de uma educação rígida, familiar e espiritualizada e porque não dizer ecológica a família tem uma pequena reserva, “quando eu era pequeno agente não podia cortar uma forquilha pra fazer badogue”, e seu Antonio complementa “e quando era São João agente dizia papai nós vamos cortar aquela arvore ele dizia: vocês já plantaram uma arvore?”. Quando perguntado sobre a Resex, - quando eu ouvi falar resex eu fiquei com medo, eu fiquei preocupado aqui com essa ilha (Cassurubá) porque são pessoas antigas morando ali, passando de pai para filho diante de tantas restrições é necessário um esclarecimento maior, porque antigamente dizia-se: planta que o governo garante (fala ele rindo).


Fiquei feliz com a presença do Presidente Lula, ele foi o segundo Presidente a passar aqui. O primeiro foi Getulio Vargas em 1944 no período da Segunda Guerra quando Caravelas era tida como dispensada de guerra por ser considerada ponto estratégico pelos americanos. Todo o maquinário e material para contrução da pista do aeroporto passavam por Caravelas, tinha um trem que levava os trabalhadores até lá que eram chamados de arigó (macaco), que hoje se chama peão, de Caravelas quando se olhava na direção do aeroporto via-se um clarão, lá tinha shows grandes artistas internacionais passaram por aqui, tinha cassino, cinema, tinha 2 dirigíveis tipo Zeppelin um pouco menor.


Com o desenvolvimento chegando a Caravelas a partir de 1932 com a instalação de luz elétrica trazida pela empresa SKF em postes de cimento e fios de cobre, ele ainda tem um rolo de fio guardado em seu acervo pessoal. Sr Elias diz ter mania por museu é responsável pela vinda de 30 palmeiras reais trazidas do Jardim Botânico no Rio de Janeiro, era estranho uma rua chamada Rua das Palmeiras sem palmeiras. Ainda se lembram da E.F.B.M que transportava café e cacau quando ainda não existiam rodovias e também da época que a Rua do Porto era o centro comercial de Caravelas “naquela época recebia-se diariamente quatro navios de passageiros eram Aníbal Benévolo, Alcides, Capela todos da Loyd Brasileiro”, saiam todos os dias 33 mil sacas de café que vinham pela ‘Baiminas’ do norte de minas e também do sul baiano, tinham companhias aéreas a Air France, Cruzeiro do Sul, Le Tequera, Japan Air, alguns aviões amerissavam (pousavam) no rio dentre eles o Dox por causa do intenso trafego de pessoas e mercadorias aqui tinha um posto da Alfândega e o Sindicato dos Estivadores, lembra Sr. Elias quando ainda funcionava intensamente o seu comércio a “Casa 27 na Rua 7 que pinta o 7 no telefone 127” que os estivadores cobravam taxa vexame para desembarcar a carga quando eram privadas pois era motivo de vergonha e ainda exigiam água gelada numa época em que pouco se via geladeira lembra ele rindo.


A casa 27 foi referência no auge dos armazéns em Caravelas, década de 40 a 70 quando aqui era ainda um pólo comercial devido à existência da E.F.B.M., Aeroporto e Porto de Caravelas. Era uma grande casa comercial onde de tudo se vendia (secos, molhados, tecidos, ferragens, materiais de construção, etc.).


O início da vida política da família Siquara deu-se quando um dos filhos do Sr. Amélio e D.Amélia, Moacyr de Jesus Siquara fundou o PSD que mudou para MDB e que hoje é PMDB foi candidato a prefeito e venceu a eleição, foi Prefeito de Caravelas no período de 1955 a 1958 suas principais obras foram às construções de escolas em todos os distritos do município Barra, Juerana, Lajedão, Ponta de Areia juntamente com Benedito Pereira Ralile e abertura de rodovias.


“Só tivemos um irmão formado que foi Achiles de Jesus Siquara, o melhor advogado que já teve m Caravelas e no Extremo Sul da Bahia, homem honesto, morreu pobre, mas teve uma nobre historia de vida e grande importância na política de Caravelas, foi Oficial de Gabinete do Dr. Antônio Balbino Ex-governador do Estado, hoje tem um filho que é Procurador Geral do Brasil, Achiles de Jesus Siquara Filho.


Dr. Achiles de Jesus Siquara foi prefeito de Caravelas no período de 1963 a 1966 na época da Ditadura como ele mesmo diz: “Foi muito difícil, fui surpreendido pela ditadura, mas, a minha amizade fez com que Caravelas fosse agraciada com algumas obras, como a Agencia do Banco do Brasil e o Instituto Mauá” (Livro Relatos Históricos de Caravelas desde o Século XVI, pg. 172). Quase foi preso, mas sua amizade com Dr. Antônio Balbino fez valer. Quando o presidente ainda era João Goulart ele foi daqui com todos os prefeitos do Extremo Sul pedir para fazer uma iluminação, limpeza de rios, dentre outras coisas.


Dentro da vida política de Caravelas algumas famílias sempre estiveram no poder de forma que “- por muitas décadas a autoridade que manifestasse desejo de visitar Caravelas tinha que, antecipadamente, avisar da sua vinda à família Siquara e a família Ramos”. (Livro Relatos Históricos de Caravelas desde o Século XVI, pg. 164).


O Sr. Elias de Jesus Siquara foi Vereador no período de 20 anos, teve dois mandatos de seis anos e dois de 4 anos. “O que tinha de fazer eu fiz, fui presidente da Câmara, este projeto de criar Abrolhos fui eu que dei a indicação,lembrei que Abrolhos seria um dos parques, lutei pela desapropriação do cinema, ali ainda era um teatro que foi construído em 1865 por meio de ações, mas ações se nunca se reunir perdem o valor, o prefeito teve a oportunidade de restaurar era um palco beleza, teve cinema ali o primeiro cinema era tal de Capanema era todo iluminado com carbureto luminárias que tinham o nome de Opaline, tinha o galinheiro que era lá em cima onde ficava a FLISA, tinha platéias, camarotes, todo atapetado, tinha piano de calda no palco. No palco passaram várias peças importantíssimas, artistas estrangeiros passaram muitos, vinham de navio daqui iam até Teófilo Otoni apresentando e voltavam para Salvador, Rio, Vitória.

Depois veio o cinema mas era mudo. Já no tempo de Moacyr vieram duas máquinas sonoras hoje peça de museu, no meu tempo eu comprei duas máquinas americanas as quais viam em pequenas maletas, esgotei os filmes de 16 mm Mesbla, Columbia e outros. Levei cinema pela primeira vez em Viçosa, nos escondidos que hoje é Itamaraju

No Teco-teco levando cinema de graça.


Eu gosto muito do Antonio Alvino Delgado o Loló eu espero que ele faça um bom governo e que agente não perca mais quatro tempos, ele é um filho de Caravelas e conhece as nossas necessidades.


“Nossa família sempre fez um bom governo, tiveram alguns que perderam tempo, desviaram dinheiro, mas, essa nunca foi nossa cartilha, tem que respeitar o honorário público, nunca dei um tostão de alimentação a ninguém e nem um litro de gasolina se não tinha nenhum carro na Câmara”.


O Sr. Elias sempre foi e é consciente e esclarecido politicamente e diz “MEU VOTO VALE, MEU VOTO NÃO TEM DINHEIRO QUE COMPRE”, “o que me interessa é se o político é honesto e se ele quer fazer um bom trabalho principalmente na cultura e educação.


Nossa família teve a felicidade de ter a melhor educação a domestica e também naquele tempo não existia droga, o álcool existia o cigarro da Souza Cruz também, se eu tivsse força e fosse o presidente da republica eu acabava com a fabrica de cigarro e dizia vocês agora vão fabricar chocolate”.

AGÔ SISTEMA DE SOM: AFROÍNDIO

Filme criado durante as gravações do Documentário Mokussuy: Areas Marinhas Protegidas. P/ Conservação Internacional - CI.